sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Montevidéu, um lugar de paradoxos




Montevidéu foi uma estranha surpresa. Foi a minha primeira vez, estranhamentos são naturais, porque narciso acha feio o que não é espelho, como já dizia Caetano a respeito da sua primeira impressão sobre São Paulo. Ficamos no Centro, próximos à Cidade Velha, muitos monumentos com cavalos, são fixados em militares sobre cavalos, cada praça tem um. Por falar em cavalos, ouvimos durante toda a noite trotes de cavalos pelo asfalto, achei q estava sonhando, eram os catadores de lixo que usam carroças puxadas a cavalo. Ecologicamente corretíssimo, ja que não polui e ao mesmo tempo recolhe o lixo reciclável, bem mais seguro do que aqueles imensos carros de mão de Salvador, mas estranho, muito estranho. Tem carroças de todo tipo, cavalos enfeitados, uma loucura. A chegada foi pela rodoviária, já que viemos de Buenos Aires para Colonia, de Buquebus, como chamam a empresa q faz a conexão barco x ônibus.
A Avenida 18 de Julho, onde estávamos hospedados, é imensa e corta um importante trecho da cidade, ligando o Centro ao lado mais moderno, aí sim, tem-se a impressão q se está numa capital.
A orla do rio da Prata é de dar inveja aos baianos, já que João Henrique conseguiu estragar o que a natureza fez com capricho em Salvador. Um calçadão enorme, que chamam de Ramblas, onde se passeia de bicicleta, se faz cooper, mas o rio mesmo, coitados, uma areia na maior parte escura e a água barrenta.
Por falta de informação saímos no dia em que iria começar o maior carnaval do mundo, dia 24 à noite, viajamos 24 à tarde, mas com passagens já acertadas nem nos atrevemos a mexer. O carnaval começa em janeiro e vai ate março, com arquibancadas nas ruas como pequenos camarotes para um grupo de 6 a 8 pessoas. Viajamos hoje, 24 para São Paulo e já caímos na esbórnia paulista, ficando até 5 da manhã na farra. Amanhã, quer dizer, hoje beeeem mais tarde, pretendemos ir à Pinacoteca para uma exposição de Tarsila, às 11 tem o coquetel de abertura, mas é realmente impossível acordarmos nesse horário. Veremos o q será possível fazer nessa paulicéia desvairada.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

Atualizando...

Por incrível q pareça, Buenos Aires foi o lugar em q tive mais dificuldade de internet. Nao q faltassem locutorios por toda a parte, mas pq no hotel nao tinha serviço e eu já estava acostumada a postar antes de dormir contando as novidades do dia. Resultado: qdo resolvi fazer isso no último dia, ir a um serviço de internet, estavam sem conexao.
É a terceira vez q vou a "Mi Buenos Aires querido" como diz o velho tango. O velho e bom hotel Novel, na avenida de Mayo, nos aguardava com vaga, sem reserva. Logo depois lotou, foi uma sorte ter conseguido. Passeios a San Telmo, a Florida, ao Delta do Paraná pelo Tren de la Costa, e até uma ida ao teatro Astral, onde estavam encenando Cabaré, muito bom.
No domingo pegamos um barco para Montevideu, com conexao de onibus em Colonia. Aqui tambem escurece muito tarde, o q atrapalha a percepçao do tempo. Até chegar ao hotel (conseguido no escuro, na rodoviaria) já era noite, apesar de ainda claro. Ontem nao fizemos nada, além de sair para comer algo e dar uma volta na Praça Fanini q fica aqui perto, no centro novo (pq tem o centro velho). Hoje vamos "ramblar" na orla, passeando na ciclovia de bicicleta. Hasta la vista!

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Vamos a la playa!

Hoje foi o dia da indefectível visita às praias do Pacífico: Viña del Mar e Valparaíso. Nada muito diferente de quando estive aqui, em 2000, mas é sempre um prazer visitar este "puerto loco" a "este disparate" de ciudad, como diz Neruda, acrescentando que "si caminamos todas sus escaleras, habremos dado la vuelta al mundo" referindo-se a Valparaíso, onde tinha uma casa, além das outras duas, em Santiago e Isla Negra. Na de Santiago, podemos testemunhar a amizade do poeta com Jorge Amado e Vinícius, com fotos no Mercado Modelo e troca de amabilidades entre eles.
Temos muitas fotos, mas nao estou conseguindo postar daqui, farei isso com mais calma do meu lap top q eu conheço melhor.
E a visita a Santiago continua amanha, nosso último dia aqui, qdo pretendemos ir ao Mercado Central comer lagosta, que araruta também tem seu dia de mingau!

domingo, 13 de janeiro de 2008

Cultura e arte fazem a festa em Santiago

Está acontecendo aqui o "Santiago a mil", um festival internacional de teatro, com peças por todos os lados, em praças e locais fechados. Sem contar as inúmeras salas de teatro que vemos em muitos lugares, além dos teatrinhos de rua, tudo muito profissional, com muita tecnologia, projeçoes, fantastico! Depois (esses do teatro de rua) saem com o chapeuzinho pedindo contribuiçoes ao publico e sobrevivem assim. É de dar inveja!

Notícias da viagem

Cheguei hoje a Santiago, depois de quatro dias no deserto. San Pedro de Atacama é um lugar mágico, surpreendente. Acho que todo mundo já disse isso, mas nao posso evitar o lugar comum. Mais noticias da viagem, em breve, de preferência com imagens, que ainda nao consegui postar.
O primeiro choque foi com o câmbio. Imaginem que com um real pode-se comprar 256 pesos chilenos. Isso enloquece qualquer um: um café expresso custa 800 pesos, e um nescafé descarado custa 300 pesos. E diz o jornal tradicional daqui, El Mercurio, que o peso chileno foi a moeda que mais se valorizou frente ao dólar. Eles devem estar certos, mas nao é essa a impressao que fica.
Santiago respira cultura. Asistimos hoje, meio sem querer, uma estonteante apresentaçao teatral na Praça do Palácio de la Moneda, de triste memória para os chilenos. Clara alusao à invasão do Palácio, representada por estruturas metalicas imitando as portas do palacio, em chamas. O grupo convidado era da Polônia e a peça se chamava "A Arca". Isso fazia parte, viemos a saber depois, do "Santiago a Mil", onde pode-se assistir, durante todo o mês de janeiro, a Mil (isso mesmo, mil!) espetáculos de teatro, dança, música, cinema, palestras, museus, enfim, mil eventos culturais.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Direto do deserto de Atacama!

Estou em uma lan house do meio do deserto de Atacama - Chile. Definitivamente, nao se fazem mais desertos como antigamente. Imaginem, uma lan house no meio do deserto? Entrarei nos proximos dias com imagens, se tudo correr bem com a maquina digital.