domingo, 3 de junho de 2007

Feminilidades

A arte é a ponte entre o que há de pior e de melhor em nós mesmos. Ela nos ajuda a tornarmo-nos suportáveis uns aos outros. A falar e a calar na hora certa. Nietzsche (1844-1900) diz isso, com outras palavras, em Humano, Demasiado Humano.

Em 2005, que arte ainda é possível fazer?

A arte do essencial, do mínimo, do conciso e do eloqüente. Com a arte, tento alcançar esse patamar – o da arte de viver. Viver melhor, viver com o mínimo essencial – essência-ser, fala-ser, fale-cer, fale-ser.

Desde o ano 2000, desenvolvo esse conceito, primeiro com o tríptico denominado “Implacável Tempo”, que concorreu à exposição do Museu de Arte Moderna de Salvador. Atualmente, produzo pequenas instalações tridimensionais, a exemplo do “De olho no futuro”, onde utilizo leitor óptico sobre cortiça, em 2001. “A falta”, em fevereiro de 2005, e “Feminilidade – um umbigo voltado para o infinito”, em julho de 2005, com grampos de cabeleireiro pintados com esmalte acrílico, formando um círculo (cujas pontas apontam para o infinito), em suporte quadrado branco.

Todos os trabalhos incluem a relação tempo x espaço. Em “De olho o futuro”, o futuro no presente. Em “A falta”, o vazio do presente, o “deserto do real”. Em “Feminilidade” uma perspectiva otimista de futuro, onde o círculo (formado pela repetição do adereço feminino) abre possibilidades...

A falta

De olho no futuro

Feminilidade - um umbigo voltado para o infinito

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