É com a mais subida alegria que registro um comentário de Millor (não acredito!) respondendo-me no teleleitorada. Parece que estamos "ficando". Beijo seus pés, eu que sou quase uma gueixa. Lá no uol, comentário pg 58. Joguei o barro e parece que colou. Infinito Millôr!
Poemeu
E la nave, va?
Barco à deriva.
O timoneiro cego
E boquirroto
Dá ordens
Sem rações.
Clandestinos
E mercenários,
Sabotam operações.
Há muito rato a bordo.
O comandante,
Desnorteado
Não sabe onde é o leme.
Indica o leste
E grita: "Terra à vista!"
Mas vende a prestações.
A carne é pouca,
O tempo curto,
As bocas, muitas,
E vorazes.
E lá vão todos,
Mestres que enjoam em terra,
Pescadores de águas turvas.
O imediato
É da esquadra inimiga.
Todos, porém,
No mesmo barco
(mas sem água),
Marinheiros de última viagem
Em direção ao Fundo.
No porão, escravos.
Em volta, tubarões.
A bússola, que norteia,
Aponta o sul.
quarta-feira, 16 de abril de 2008
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