domingo, 28 de março de 2010

Gárgula da maldade



Meu eterno capitão, homem de terra, olhos de fogo, hálito de mar. Meu cabeça-de-vento. Balão cheio de ar. Por ser apenas sua, em alguns breves momentos, deixo que siga aqui, em uma linha, meus pés tirados dessas maquinetas de pescar, pirogas escavadas com a mão, sinais digitais, sem maiores peixes. Te iludo como as sereias já o fazem, mas dando-lhe uma leve visão de meu cosmo. Sou a corporificação salgada dos cascos. O mal de olhar. De frente resolvi testemunhar musicalmente a minha existência, pois sou peixe em seu aquário, minha festa é linda e modesta, agora completo meus centenários atada as rochas da minha libertação. Daqui te vejo passar. Como é lindo. Que vôo maravilhoso de pombos, meu eterno capitão.
(Luiz Carlos Rufo - trecho de "Navegar a nudez")

2 comentários:

Anônimo disse...

Flor! Vim comunicar/informar/pedir permissão (rsrsrs) pq estou criando o blog (eucacmeusbotoes) mas pesquisei antes e encontrei esse seu super parecido! Mas o meu é sobre moda tah bom?! Sou estudante de moda daqui de Salvador, assim q estiver pronto te envio, e ah! Amei seu blog, super criativo e interessante! rsrs- Amei o acaso...

Christiana Fausto disse...

vc que sabe, a internet é terra sem lei, se o seu blog é tão específico, não acho que teria problema. Boa sorte! Ab, c.