SHEIK
Cão, todo menino,
fragilmente poodle.
Mácula na impura íris,
fuçando carinho na escuridão.
Farejando tão fundo,
tropeçando caminhos,
criança sem rumo,
só muro, sem prumo.
E cá, no chão, impedido,
patas, coração esbarrando afagos,
parando.
Sheik, cachorro cego,
criança,
sem aurora nem poente,
carente,
nunca latiu esperança.
Postado por cacos meus botoes às 01:25 0 comentários
Marcadores: outros poemas
terça-feira, 4 de setembro de 2007
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5 comentários:
lindo, simples e emocionante, cristi.
está nos meus guardados.
beso
vi
Christiana, também nasci em Caetité, embora tenha passado a infância em Brumado. Vc esteve no blag outro dia. Volte sempre. Vou continuar catando os teus botões.
e desculpe-me pela gafe de não ter parabenizado à Lói por palavras tão lindas.
Muito bom o poema de Aloysio...mostra a sensibilidade de alguém que enxerga aquilo que não é tangível. Parabéns!
aloyz, neste caso os cegos somos nos, alheios as dores e mazelas do mundo...mas o nosso Sheik eh igual a cana de acucar..mesmo reduzido a bagaco soh sabe dar docura..muito bonito seu poema (estou sem acento..) saudades, olivia
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