De portas abertas
As funerárias pequenas e grandes,
de portas sempre abertas
mesmo se as ruas estão fechadas,
ou se um velho passeia de mãos dadas
com sua neta,
ou um casal de senhores namora cedo
quando a manhã principia,
ou quando um cachorro passa com pressa
antes que se termine a via,
ou quando os pais levam seus filhos cedinho
para a escolinha ou o parquinho,
ou quando o sol começa a aguar
o sorvete da menina com um vestido azul,
ou quando a surpresa nos incomoda
ao nos depararmos com essas antigas lojas eternas,
a vender uma velha forma de se esconder a vida.
(Poema publicado no livro "As horas do mundo", edição esgotada). Publiquei Henrique Wagner inspirada no surpreendente poema de nilson pedro, do blag, que trata do mesmo tema, do inevitável tema, vida/morte, nilsonpedro.wordpress.com Visitem!
domingo, 7 de outubro de 2007
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3 comentários:
Querida Christiana,
É uma dádiva para mim, teres apreciado as expressões intuitivas dedicadas ao nosso querido Rufo. Agradeço ao Universo a possibilidade de encontros, pela via da arte. Sinto alegria em conhecê-la e em compartilhar contigo desta linguagem multiforme e universal: a arte.
Á você, iluminada, meu carinho,
Miriam Lopes
Puxa, Cris! Só agora descobri meu poema em seu blog! Vc escolheu um dos poucos poemas que prestam daquele livro... que bom gosto! eu tb gosto desse poema! E vc, onde está? nunca mais nos vimos!!! mas por quê?
bj muito grande, saudade
Henrique Wagner
Miriam: Obrigada pelas palavras carinhosas e pelo amor compartilhado ao nosso querido Rufo. Compartilho com vc a universalidade da arte. E iluminada é vc! Beijos!
Henrique: pois é, publiquei sem a autorização do autor, mas como foi para incensar, achei q não iria se incomodar. Continuamos em contato, eu espero. Beijo, c.
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